quarta-feira, 4 de julho de 2012

Review: Ascending to Infinity


No ano passado, Luca Turilli, ex-líder da banda Rhapsody of Fire, anunciou sua saída junto com outros integrantes de banda. Já em 2012, os integrantes que saíram da banda iniciaram um novo projeto “Luca Turilli’s Rhapsody”, que ficou sem vocalista até que Alessando Conti, do Trick or Treat foi escolhido.
Em 22 de Junho foi lançado o primeiro álbum do novo projeto, Ascending to Infinity, que segundo Luca Turilli seria algo cinemático, e será?

Analisaremos música por música, segundo por segundo, e veremos o que promete Luca Turilli e seu novo vocalista.



1-Quantum X
O álbum começa, como sempre, com uma introdução sinfônica, com corais épicos além de uma narração, que promete uma aventura surpreendente. Dessa vez, Luca varia e coloca além da música europeia, um pouco de estilo egípcio na canção, que deixa o ouvinte com uma ótima vontade de ouvir o resto do disco!

2-Ascending to Infinity
Depois da bela introdução, o disco começa de verdade com a música de mesmo nome, com uma introdução rápida, e pelo começo já é possível saber a diferença entre o Rhapsody of Fire: a banda aposta dessa vez um pouco mais na música eletrônica e no piano moderno, visto que anteriormente era mais usado o cravo e os teclados.
Quando Alessandro abre sua boca pela primeira vez, é notável que ele não esteja de brincadeira, com uma voz mais aguda que a de Lione, muitos acreditavam que ele nunca poderia chegar a tal nível, mas não foi o que aconteceu.
A música tem algumas passagens calmas, outras rápidas, e como sempre os corais épicos que preenchem o ápice de toda música que Luca escreve. O solo se inicia logo depois que um coral sinfônico em latim e um piano, o solo de teclado vem logo antes com toda a força, até que a guitarra com uma rapidez feroz, lembrando, e muito grandes compositores barrocos. Em uma fração de segundo dezenas de notas e vários instrumentos entram pelo seu ouvido. E para finalizar, como sempre, a voz de Alessandro atinge as notas mais altas, terminando com um coro.

3-Dante’s Inferno
Inicia-se com violinos e violoncelos, e fica cada vez mais clara a participação de instrumentos eletrônicos. Alessandro volta mais calmo, quase que soletrando a letra da música, que foi escrita em várias línguas, enquanto é acompanhado por uma voz feminina. O refrão começa em italiano e acaba se misturando com o inglês, Alessandro canta junto com um coral mais fraco, enquanto uma voz lírica vem logo por trás.  Apesar da canção ser mais lenta, não deixa de ser uma música emocionante, cheia de riffs e melodias inesquecíveis, como dizem por aí, muita informação musical em pouco tempo, e isso é ótimo!

4-Excalibur
O ponto alto do disco, inicia-se com música celta e instrumentos arcaicos, fazendo juz ao assunto, que é a espada de Rei Arthur. Depois desse trecho, passa a se tornar mais pesada e obscura com trechos em latim. Quando Alessando começa a cantar, em italiano, a música se acalma novamente, até voltar ao topo, com uma grande acompanhamento de todos os instrumentos presentes, até chegar em um pré-refrão que nos deixa em uma grande vontade que a música chegue no topo logo, porém ela volta para o ponto inicial, dando mais ansiedade ao ouvinte. Depois da segunda repetição, um grande coral em latim dá um tom épico a música, que volta novamente ao instrumental, sem contar claro, as vozes líricas de fundo e os solos emocionantes de Turilli. Depois do solos, a música volta com os instrumentos celtas e fica mais alegre, com melodia em italiano, até chegar ao topo dramático da música, com uma narração épica e corais, chegando finalmente ao quase ápice, dando uma agonia até que então Alessandro canta o fabuloso refrão em inglês, tão aguardado durante toda a música, e assim o faz várias vezes, repetindo outras passagens da música. No final, para deixar a música presa por toda a eternidade em sua mente, uma voz masculina e feminina em canto gregoriano finalizam a música, cantando calmamente até o fim, com um ótimo gosto de quero mais.

5-Tormento e Passione
A música mais gótica do álbum, cantada totalmente em italiano, inicia-se com piano e guitarra, até deixar Alessandro e uma cantora praticamente a sós. Nessa música Alessandro mostra pela primeira vez sua capacidade como tenor, podendo cantar em várias línguas, em várias notas altas, que dão vários pontos altos a uma única canção, é aqui que Alessandro mostra praticamente toda sua capacidade vocal.

6- Dark Fate of Atlantis
Com uma pitada de música egípcia no início, a música começa com uma pegada rápida na guitarra, que te deixa sem saber o que esperar da música em diante, além de um ótimo arranjo nos teclados. Com uma guitarra ótima durante toda a música, tem um refrão que marca seu cérebro, além de uma base rápida, típica do Rhapsody. No solo, Luca novamente mostra sua capacidade com os dedos, fazendo uma ótima melodia com várias notas quase tocadas ao mesmo tempo, depois vem uma virada de música clássica e Heavy Metal, que é um dos pontos altos da música, logo antes de um solo teclado, que é praticamente uma repetição da guitarra feita logo antes. Logo na frente, vem um solo de baixo, um coral, e Alessandro mostra novamente sua capacidade de cantar de forma lírica, logo após voltando ao refrão marcante da música.

7- Luna
A sétima música é um cover de música pop italiana, bem tocante, Alessandro canta com maestria, e pela primeira vez o destaque não vai para o instrumental, e apesar da música não ser nada a ver com o estilo proposto pela banda, não deixa de ser uma das melhores do disco.

8-Clash of The Titans
Começa diferente, sirenes, vozes de policiais, até tomar um tom obscuro com vozes sobrepostas, com um fundo de violoncelos, sons eletronizados, entre outros, até que volta a mostra o peso do antigo Rhapsody no refrão, bateria e guitarra super rápidas e o típico óóóó de fundo. Depois do refrão a música passa por um solo tranquilo, que vária de vários instrumentos musicais, e volta com sua total rapidez nas guitarras de Turilli, até voltar novamente no corpo da música. Então retorna o refrão com suas variações, até o final da música, que mostra nada mais que a essência do Rhapsody.

9-Of Michael the Archangel and Lucifer's Fall
I - Alma Mundi
Como sempre, em todo álbum de Luca, é obrigatório uma grande música com várias passagens. Essa pérola de 13 minutos começa lenta e obscura, com um baixo lento (é raro ouvir baixo em músicas do Rhapsody) até um narrador entrar com sua voz. Logo depois Alessandro mostra seu talento lírico "gritando" acompanhado de um órgão espetacular. Depois dessa introdução, a música começa de verdade com um riff de guitarra agressivo, misturada com vozes e outros instrumentos, até que então Alessandro canta com maestria acompanhado da base rápida de Turilli. E vai nisso até chegar ao refrão bonito, que repete o nome da música, de forma calma, e logo depois vem uma mulher com uma voz um tanto 'mística' e a música muda de cara totalmente, com várias vozes se sobrepondo, e chegando novamente em outro refrão em italiana, sem a voz de Alessandro.

II-Fatum Mortalis
Então se entra na segunda parte da música, Fatum Mortalis, repetindo o riff rápido do começo, e Alessandro volta a cantar com maestria novamente, quase que repetindo a fase anterior da música, só que com uma letra diferente, passa pelo mesmo refrão tranquilizando a música, e novamente repete o segundo refrão

III-Ignis Divinus
A terceira parte começa com um orgão barroco acompanhado de uma guitarra, até se trocar somente pela guitarra de Luca, fazendo a música mais gótica ainda. Depois disso, o piano do comecinho da música volta acompanhado de vozes misteriosas em latim, e depois essas vozes aumentam de tom e passam a ser acompanhadas da guitarra, Alessandro e outras vozes femininas, até que finalmente o segundo refrão que acaba de mostrando o principal, volta mais agressivo e com toda a força que ganhou através de toda a canção, e vai variando mais lento, e volta novamente, com mais instrumentos, até finalizar o álbum com toda maestria e mistura de vozes épica como de costume, não deixando uma única nota sobrar, é aquele tipo de música que não deixa você pausá-la em momento algum.

Bônus: March of Time
Apesar de ser um cover do Helloween Luca não economiza nas modificações, e logo no começo se percebe isso, com a introdução cheia de vozes líricas femininas e pianos, que não são encontrados na música original. Então a música começa com rapidez, a partir daí sem muitas diferenças da original, a não ser , é claro a voz de Alessandro, que não deixa a desejar, cantando uma música de Kiske que nem o próprio Andi Deris, atual vocalista do Helloween consegue fazer como ele.


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A banda já marcou várias datas para shows na Europa, mas nada ainda nas Américas, mas é bem possível, visto que em seu facebook, dezenas de fãs clamam por esses shows.

Onde Comprar?

No site da banda existem vários links por onde comprar o CD's:


Assista ao clipe de Dark Fate of Atlantis, disponibilizado gratuitamente pela Nuclear Blast, gravadora da banda:



Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom, o melhor album que ja ouvi na minha vida